Celebrando Deus

Um Novo Homem

Criou em si mesmo um novo homem, fazendo a paz!

A Revelação de Cristo
Leitura: Gal. 1:15-16; Ef. 2:15-16; 4:15-16,24; Col. 3:10.A frase que sinto é para nos engajar nesta hora é a de Ef. 2:15 – “um novo homem”. Mas antes de falarmos a respeito disso especificamente, há uma palavra que deve nos conduzir a isso.

A pergunta que está ocupando muitos corações hoje é aquilo que se relaciona à necessidade, a grande necessidade, por uma restauração do frescor original, vitalidade e poder do Cristianismo. Muitos estão preocupados com este assunto. Como pode o frescor original, vitalidade e poder ser restaurado dentre o povo do Senhor? É ao procurarmos responder essa pergunta, pelo menos em parte, que penso acharemos algum proveito. Mas devemos, é claro, perguntar por que é que esse frescor e vitalidade está faltando. Qual a razão pela sua ausência? Que é o que explica o presente estado das coisas, as quais são tão diferentes do que era no princípio? Você não acha, queridos amigos, que, enquanto a resposta pode ser muito ampla, pode ser respondida nesta maneira, que o presente estado enfermo das coisas espiritualmente no Cristianismo é tão em grande parte devido ao fato de que o Cristianismo tem se tornado quase inteiramente uma tradição, um sistema fixo, um sistema de doutrina e de prática cristalizada e formada, e apresentada como algo externo a ser aceito, adotado, e ao qual ser conformado. O Cristianismo tem assumido uma forma fixa. É um “isso”, e você é chamado para aceitar esse “isso” o qual é o Cristianismo. Quando tenhamos reconhecido isso penso que teremos chegado realmente ao coração da questão, porque no começo e em princípio, ao longo do Novo Testamento tudo era um domínio de uma viva revelação interna de uma Pessoa; pois sempre que Deus tem se movido para dar um novo passo em relação ao Seu propósito, Seu propósito compreensivo, Ele sempre tem feito assim dando uma nova revelação de maneira interna.

Uma Revelação do Senhor o Caminho do Progresso

Foi um grande passo nesse propósito de Deus quando Ele trouxe Abraão em comunhão com Ele mesmo. “O Deus da glória apareceu ao nosso Pai Abraão” (Atos 7:2), e isso está apenas dizendo em outras palavras, “aprouve Deus revelar…” em princípio foi uma revelação que veio a Abraão do Deus da glória. Foi essa revelação do Deus da glória que emancipou Abraão e resultou em tudo que entrou e passou por Abraão como um enlace na cadeia do eterno propósito de Deus.

Foi verdade com Moisés; e Moisés representa um outro passo na parte de Deus, um mover fresco no Seu propósito. Deus apareceu a Moisés na sarça ardente. Ele viu o Senhor; ele teve uma visão do Senhor; isso significou tudo para ele. Penso que não estaríamos errados em dizer que muitas vezes na vida de Moisés, quando pressionada duramente, sob estresse, em tentação, prova, sofrimento e adversidade, nas dificuldades do caminho, ele chamava de volta essa visão original. Ele chamava a atenção aquele dia em que ele viu o Senhor na chama da sarça. O Senhor apareceu a ele. Foi algo que permaneceu na história como básico. Ele diria, Naquele dia vi o Senhor, entrei em contato vivo com o Senhor, aprouve Deus revelar a Si mesmo a mim!

Assim nós poderíamos continuar um após outro e acharmos isso verdadeiro em cada caso. Isaías dirá, “vi o Senhor alto e sublime, e a aba do seu manto preenchia todo templo” (Isa. 6:1).

Foi verdadeiro no Novo Testamento. Os discípulos tinham que basear tudo sobre os quarenta dias após a ressurreição – “temos visto o Senhor”. Isso é o que o Senhor pretendia. Ele apareceu após Sua ressurreição pelo espaço de quarenta dias e eles viram, porém numa outra maneira, numa maneira espiritual, numa maneira na qual eles nunca tinham visto Ele antes. Era numa maneira viva.

Paulo certamente baseou toda sua história nisto; “aprouve Deus revelar seu Filho em mim”. Ele poderia dizer, eu vi o Senhor.

E isso não foi somente verdadeiro como uma coisa tremenda no começo da vida de cada um destes. Foi algo que em princípio era repetido uma e outra vez a fim de obter desenvolvimentos novos, avanços novos. Pedro tinha visto Jesus vivo após a Cruz pelo espaço de quarenta dias. Ele O tinha visto dessa maneira. Mas ainda havia necessidade para Pedro seguir em frente, e então ele viu o Senhor outra vez em conexão com Cornélio e a inclusão dos Gentios. Ele viu o Senhor novamente, e esse novo ver do Senhor o emancipou algo mais da velha posição tradicional, a velha escravidão legal, do terreno e do meramente histórico, do conhecer após a carne. Ele viu; e sabemos o que aconteceu. Quando ele viu que não podia conter-se. Não adiantava argumentar. Ele subiu para Jerusalém e eles contenderam com ele, eles disputaram com ele, eles lhe questionaram sobre este assunto de ir para os Gentios. Ele, com efeito, diz, tenho visto, não posso evitar; vi e o que tenho que fazer. Quando um homem vê, ele não pode conter-se. Ele é simplesmente emancipado pelo que ele vê, se ele vê da maneira correta.

Quando o Senhor fez esse tremendo mover novo com o Evangelho na Europa, Ele o fez mostrando algo. Paulo viu um homem de Macedônia, e esse homem disse: “Venha para Macedônia e nos ajude”, e embora Paulo houvesse tentado ir para Bitínia e procurado pregar a Palavra na Ásia, o Senhor disse “não”, e então lhe mostrou um homem de Macedônia (Atos. 16:6-10). Paulo poderia ter resumido tudo desta maneira – O poderoso mover de Deus na Europa com o Evangelho foi por uma nova visão divinamente dada; vi e fui. O caminho do avanço foi um caminho de visão celestial; o caminho do desenvolvimento foi um caminho de nova revelação; o caminho no propósito de Deus foi tendo um olho interno aberto para ver. Não uma vez ou duas vezes, mas sempre que Deus quisesse seguir em frente. Ele abre o olho de novo. “Aprouve Deus revelar Seu Filho em mim” – esse é o princípio pelo caminho todo. Tem sido sempre assim; uma revelação viva, os olhos do coração sendo iluminados, mas uma revelação de Cristo. “Aprouve Deus revelar…” Essa é a abertura do olho interno, o olho do coração, o entendimento.

Não Coisas, mas Cristo

“Aprouve Deus revelar Seu Filho” – essa é a finalidade compreensiva. Nele todos os propósitos e caminhos, e intenções de Deus são reunidos. Deus não mostra coisas ao Seu povo, Ele mostra Seu Filho. Ele não mostra verdades; com Deus nenhuma verdade é algo abstrato. É pessoal. O Cristianismo tem se tornado um sistema de verdades abstratas, as verdades do Evangelho. Deus sempre apresenta Seu Filho, e as verdades em relação a uma Pessoa viva, nunca fora dessa relação. Se nós vemos o Senhor pela revelação do Espírito Santo, teremos visto tudo relacionado à nossa salvação, relacionado à nossa santificação. Relacionado à nossa vocação, e relacionado à nossa glorificação. Está tudo em ver Cristo. A recuperação da vitalidade, frescor e poder original espiritual virá somente ao longo desta linha – uma nova revelação de maneira interna, numa maneira viva, do significado do Senhor Jesus. Isso significa muito mais do que parece numa declaração, porque não há nada de significado afora Dele. O mesmo significado deste universo está centrado no Filho de Deus. “Todas as coisas foram criadas por ele e para ele” (Col. 1:16); Ele é o significado de todas as coisas. Todo o tempo tem seu significado Nele – “Ele existe antes de tudo que há” (Col. 1:17). Ver o significado do Senhor Jesus é ficar fora de tudo preso à terra, preso ao tempo, preso à carne. Você não pode ver o Senhor Jesus e estar limitado a qualquer uma das coisas desta velha criação.

Temos mencionado alguns dos que viram, e você observa o que acontecia. Quando eles viram, eles ficavam logo fora; fora com Deus, livres com Deus. Nada neste mundo teria desembaraçado Saulo de Tarso de sua história Judaica, sua escravidão Farisaica, sua camisa de força legal, do seu próprio sangue como de um filho de Israel; nada! Mas ele viu Cristo, o Filho de Deus, e isso o fez. É um erro falar às pessoas acerca disto e daquilo e a outra coisa da qual eles deveriam escapar e “sair”, e assim por diante. Você pode fazer as coisas desse jeito e só obter um Cristianismo de uma ordem sistematizada imposta. As pessoas o abraçam e se tornam aderentes disso e acreditam nisso de uma maneira, mas você não obtém o frescor, a vitalidade e o poder que esteve lá no começo. Isso vem quando as pessoas estão numa posição para dizer, vejo; agradou Deus revelar Seu Filho em mim, tenho visto, não posso conter-me; Sou obrigado a tomar este ou aquele curso porque tenho visto!

Você pode ver quão tacanho Pedro foi – “De modo nenhum, Senhor”! Se você e eu vemos Cristo, as coisas que são religiosamente impossíveis conosco se tornarão fatos, e as impossibilidades religiosas são muito mais fortes do que impossibilidades humanas.

Hoje a necessidade não é primeiramente pela recuperação de doutrina e verdade. Pode haver uma necessidade numa grande área para a restauração de verdade e doutrina fundamentais no seu devido lugar, mas quando você a tem, quando você tem a doutrina exata, você não tem a garantia de ter vida. É possível ser exato e correto na sua doutrina e estar perfeitamente morto. Qualquer necessidade que seja da recuperação de verdade perdida, a necessidade sobre tudo, maior do que todas, é a recuperação de revelação espiritual quanto ao Senhor Jesus, e ver Ele novamente.

Uma Revelação do Cristo Corporativo

Isso pode levar-nos no que está ligado ao fragmento da Palavra que está diante de nós “um novo homem”. Você pode ver partindo destas Escrituras que há uma dupla, de dois lados, revelação grande de Cristo compreendida pelo Novo Testamento; veio por revelação. Primeiramente, há a revelação Dele pessoalmente, Cristo pessoalmente, o Filho de Deus; e depois seguindo isso, por revelação novamente, Cristo corporativamente, não como duas coisas mas dois lados de uma, tanto que a segunda é mencionada como “o Cristo” (1 Cor. 12:12 Gr.). Esta palavra ‘homem’ é um termo coletivo e é reunido no único Cristo. Aqui está a declaração – “e vos vestistes do novo homem… onde não há” isto, aquilo e aquilo outro “mas Cristo é tudo em todos (Col. 3:10-11). O novo homem onde Cristo é tudo em todos.

Perceba o significado de Ef. 4:20: vale a pena olhar de perto. “mas vós não aprendestes assim a Cristo”. Não diz apender acerca de Cristo, mas aprender Cristo. “se é que de fato o ouvistes, e nele fostes instruídos, conforme é a verdade em Jesus: a despojar-vos… do velho homem… a vos renovar no espírito de vossa mente, e vos revestir do novo homem”. Aprender de tal modo Cristo que vos despojeis do velho homem e vos revistais do novo homem, sendo renovados no espírito de vossa mente. Vale a pena pensar sobre isso – aprender Cristo, é fazer algo, é para resultar em algo, e esse algo é que se você tem aprendido Cristo, você se despojou do velho homem. Se você tem aprendido Cristo, você se revestiu do novo homem. Aprender Cristo é ver e abraçar uma nova ordem inteira de homem. Esse é o significado de Cristo. É isto – um tipo novo e diferente de homem tem sido introduzido por Deus neste universo, e Ele é o objeto de toda educação espiritual. “aprender assim a Cristo”. É algo prático, não é algo acadêmico, não é de modo nenhum uma coisa; é uma Pessoa, e sua maneira de aprender essa Pessoa não é observação e imitação. Sua maneira de aprender é a troca de algo por Ele, um velho homem por um novo.

Temos visto esse novo homem? Temos realmente visto Cristo e a tremenda diferença que existe entre Ele e cada outra criação? Está ficando claro isso para você de maneira interna, que somos completamente diferentes naturalmente de Cristo, que Ele é totalmente diferente de nós mesmos? “Renovados no espírito de vossa mente”; para que “possamos andar em novidade de vida” (Rom. 6:4); para que “sirvamos em novidade do espírito” (Rom. 7:6). É tudo novidade e tudo diferente, tudo outra coisa. Ver essa diferença é o caminho de recuperação da vitalidade, frescor, e poder de ver com uma visão sempre crescente do que Cristo é. Ele é o primeiro e o tipo de uma nova família. O Espírito Santo tem vindo para gerar após a ordem de Cristo um novo tipo. A vida no Espírito é conformidade progressiva à imagem do Filho de Deus, e a consumação dessa vida é a revelação dos filhos de Deus, uma ordem completamente diferente.

Queridos amigos, se pudéssemos reconhecê-lo, a explicação de tudo neste mundo está ligado a isso. Qual é a explicação da agitação e angustia do mundo presente? Bem é claro, isto é apenas um desenvolvimento de coisas que tem ido acontecendo através de todos os séculos, mas qual é a explicação? Não há dúvida de que este mundo está atormentado; está atormentado pela guerra, está atormentado pelo tumulto, está atormentado, atormentado por completo. E quem o atormentou? Deus o atormentou. E por que Deus o atormentou? Porque é o reino de Satanás, e como Deus continuamente atormentou Egito até que o Egito expelisse Seu filho, assim Deus tem atormentado este grande reino de Satanás até que os filhos de Deus estejam seguros. Então “a própria criação há de ser liberta do cativeiro da corrupção” (Rom. 8:21). Uma explicação desta confusão e angustia do mundo é esta, que existe uma filiação corporativa dentro deste reino, e até que a queda deste Faraó se cumpra, este mundo será atormentado. “toda a criação, conjuntamente, geme e está com dores de parto até agora, aguardando a manifestação, (o apocalipse, a revelação) dos filhos de Deus”. (Rom. 8:22,19). Sim, esta é a explicação.

Bem, como isso nos afeta? Nos traz de volta aqui. Nossa preocupação primaria não é conseguir melhores condições neste mundo, conseguir paz e uma nova ordem aqui nesta terra. Deus sabe que ansiamos que as guerras cessem e que as condições mudem, mas essa não é nossa preocupação primaria. Nossa preocupação primaria é esta questão da filiação, esta questão de o povo sair das nações para Seu Nome. Que saia essa família deste reino, obter essa ordem de Cristo completa. Isso refere-se a nós. Temos que assegurar que estamos inclinados a este assunto, que esta ordem-Cristo, esta classe-Cristo, esta natureza-Cristo, esta espécie-Cristo, na qual temos sido trazidos pela regeneração pelo Espírito Santo seja aperfeiçoada em nós mesmos, que estejamos sendo conformados à imagem desse Filho, que estejamos crescendo Nele em todas as coisas Naquele que é a Cabeça, Cristo, que estejamos aumentando espiritualmente após essa ordem. Mas é algo corporativo. Nossa ocupação é completarmos essa ordem de Cristo corporativamente na Igreja a qual é o Seu Corpo, e além disso a introdução das nações dos que são para finalmente completar esse Corpo e ser a plenitude Daquele que enche tudo em todas as coisas.

Entendem, queridos amigos, que o Novo Testamento tem um objetivo em vista, só um objetivo, e essa é a conclusão deste Corpo e sua última emancipação. Começa com evangelismo. Mas evangelismo não é uma coisa em si mesma. Quando os dons são dados pelo Senhor ascendido – apóstolos e profetas, evangelistas, pastores e mestres, estão todos relacionados a uma coisa, estão todos centrados numa coisa. Não são coisas em si mesmas. “para edificação do Corpo de Cristo”. Essa é a questão de todos e de cada um, mas o evangelismo tem sido feito algo em si mesmo, separado e desvinculado. Aqueles que tem se ocupado com isso frequentemente não têm interesse além disso. É algo em si mesmo. Evangelize, evangelize, consiga salvar almas, isso é tudo o que importa! Porém, é relacionado a um centro. Há aqueles que são mestres e todo o interesse deles está no ensino, e se torna uma coisa em si mesma, ensino, ensino, ensino. As pessoas pobres são alimentadas e ensinadas, ensinadas e alimentadas, mas é algo dando voltas em círculo. O ensino é para edificação do Corpo. O mestre, o evangelista, o profeta, estão todos centrados numa coisa – a edificação do Corpo. Esse Corpo é o fim de Deus. O evangelista para introduzir, o mestre para edificar, instruir; tudo é para um fim, e esse é Cristo corporativamente expresso e em última análise universalmente manifesto nesse Corpo. Deixe-me dizer mais uma vez quão necessário é para nós obtermos isto na forma de uma viva revelação, caso contrário, estas coisas se tornarão técnicas e eclesiásticas; você faz delas algo em si mesmas e algo muito terreno. Mas ver a plena visão por revelação do que Deus está atrás significa libertação dos pequenos fins neles mesmos, pequenos círculos constantemente indo ao redor de coisas terrenas, ordens eclesiásticas, sistemas religiosos, meras doutrinas e ensinos; todas estas coisas nelas mesmas. Ó, veja o único fim de Deus e será alargamento, será vida!

É claro, aqui está a dificuldade. Se você não tem tido uma real experiência do que eu estou falando, então estou dizendo para o cego, Veja! Essa é sempre a dificuldade. Se você sabe o que quero dizer numa maneira pequena, se você viu, embora seja um pouco, algo tem vindo a você em algum momento com toda a força e poder da abertura do olho interno e você tem sido capaz de ver, e você diz, eu vejo agora! Você sabe qual poder essa visão tornou-se na sua vida. Qual liberação ocorreu com isso, qual nova perspectiva apareceu diante de você. Existe uma força tremenda ao ver realmente assim. Bem, se você vê, você sabe do que eu estou falando.

Mas o que estou dizendo é isto, que existe um pleno, poderoso fim que Deus tem em vista, uma coisa tremenda, uma coisa imensa, e a maneira pela qual Ele vai alcançá-lo é abrindo continuamente os olhos. Chegaremos a um impasse, ficaremos simplesmente presos, se temos chegado ao fim da revelação. Existem muitos que têm chegado ao fim de toda revelação. Entenda que não estou falando acerca de algo a mais do está nas Escrituras, não estou saindo da Palavra de Deus. Estou dizendo isto, que aqui está o Livro e o Livro pode ser compreendido e dominado e você pode ser, como Apolo, poderoso nas Escrituras e não saber absolutamente nada acerca da poderosa vitalidade do Espírito Santo. Paulo veio nos calcanhares de Apolo, de quem foi dito que era poderoso nas Escrituras, e aqueles a quem ele estava ministrando em Éfeso não sabiam que havia o Espírito Santo. Aquila e Priscila levaram-no e expuseram-lhe o caminho mais perfeitamente. Você pode ser poderoso nas Escrituras. Está o Livro, a carta, e podemo ser perfeitos na letra, perfeitos no Livro, mestres do que está escrito e ainda não haver vida, não haver energia, nenhum poder, nenhum frescor. Uma coisa não pode dispensar a outra. Devemos ter as Escrituras, mas ó, ter o Espírito Santo abrindo, revelando de maneira viva, de modo que com o olho interno estejamos vendo mais e mais através dessas Escrituras o significado de Cristo, a plenitude de Cristo sempre rompendo em nós. Isso faz do Cristianismo algo vivo, fresco, poderoso. Esse é o caminho do avivamento. Penso que esse é o avivamento que nós precisamos – ver o Senhor novamente e as coisas acontecerão; ver o Senhor em plenitude sempre crescente no que diz respeito à nossa visão, e as coisas acontecerão quando forem assim.

Agora acabei de apresentar-lhe o objetivo e estabelecer-lhe a esfera da revelação. O que se exige é que o Senhor revele Cristo a nós, rompendo em nós, mas não há dúvidas de que vai ser algo custoso. Nunca tem havido verdadeira revelação sem tremendas responsabilidades e custo. Os que têm visto têm sido envolvidos num caminho custoso. Custou muito a Abraão ver ao Deus da glória; custou muito a Moisés ver o Senhor; custou muito a Isaías ver o Senhor; custou tudo a Paulo quando ele viu o Senhor. Mas, tendo visto o Senhor, quem trocaria essa revelação por uma tradição, por algo terreno, do tempo, nas coisas religiosas? Não, você não pode voltar a isso. É a coisa mais preciosa ter visto, e ver. É vida, e presumo que você e eu desejamos mais do que qualquer outra coisa que nosso Cristianismo seja vivo. Não queremos só sermos educados em algo, tendo sido informados de algo, instruídos em algo externamente, de modo que isso se tornou a nossa religião. Não, queremos que todos os dias seja algo que opera, algo que é real; não importa o quanto vai nos perscrutar, nos fazer demandas, queremos que seja real, que seja vivo. Isso é o que o povo de Deus precisa – um Cristianismo vivo, real, que é um desafio constante para eles e através deles para outros, e o segredo de semelhante Cristianismo é ver o Senhor e ver mais e ainda mais do significado de Cristo. É ao longo da linha da revelação viva que o poder vem. Que o Senhor explique aos nossos corações o que isto significa e interprete Sua Palavra.

Primeiramente publicado na revista “Uma Testemunha e Um Testemunho” Mar-Abr 1946, Vol 24-2.

Origem:”One New Man”

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